quinta-feira, 2 de junho de 2011

L I B E R D A D E



LIBERDADE


que é liberdade?
que é ser livre?


(...)
                 A discussão em torno da liberdade tem se apresentado, historicamente, como um problema para a humanidade. Recorremos aqui a dois filósofos, distantes de nós em termos de tempo, mas não em relação à discussão e preocupação que demonstraram em relação à liberdade. O primeiro, Guilherme de Ockham, nascido na vila de Ockham, condado de Surrey, próximo de Londres, entre 1280 e 1290. O segundo, Etienne de La Boétie, nascido em Serlat, na França, em 1530. São dois autores de épocas e lugares diferentes que discutem o mesmo problema – a liberdade.


ATIVIDADE
          Dinâmica com argila, olhos vendados, música new age, orientados pela professora. Provocação de sentimentos diversos, todos em torno da ideia de liberdade. Olhos vendados, faz-nos ver com outros membros, ao mesmo tempo que perturba, aclara. Instantes, momentos, sensação, questionamento, desta forma que instigo o pensamento filosófico com artes.


        Reflexão dos alunos acerca da atividade:

(...) a dinâmica com argila nos auxilia a refletir sobre nossa vida, nossos sentimentos, nossas atitudes e principalmente nossos valores, pois, após o término da dinâmica nos colocamos no lugar da  outra pessoa, como ela se sentiria recebendo um tratamento inadequado e injusto.
                                                               Lucas Lenhagui - 201


(...) ouvir aquela música de olhos fechados e modelando aquela argila, me fez ir além daquela sala em que nos encontrávamos, fez-me esquecer de tudo e só sentir que aquele momento era único, que não havia mais ninguém além de mim naquele lugar (...)
                                                                     Kelli R. dos Santos - 201

     Ao ser vendada, com as mãos na argila, me senti angustiada, sem liberdade (...) no momento em que tive que tirar aos poucos os pedaços de argila, eu senti uma tristeza em saber que meu coração estava daquele jeito, todo despedaçado, cheio de mágoas e desilusões (...) naquele momento eu apenas buscava pela liberdade mas há certos limites. (...) percebi que para se sentir livre eu não preciso de grandes coisas apenas preciso fazer, experimentar coisas diferentes, as vezes é preciso sair da rotina para se sentir melhor(...)
                                                                  Bruna Guimarães - 201

(...) por um momento, me senti livre, pois eu estava fazendo algo e ninguém podia opinar, criticar, e nem argumentássem ou falássem como deveria ser feiro (...) livre é poder opinar, é poder sonhar, poder realizar seus sonhos, não ter medo de ser feliz. Ser livre é viver a sua vida a cada dia e fazer com que ela valha a pena.
                                                                Leonardo - 201   


(...) no momento em que a professora deu argila, estávamos todos ansiosos para mexer nela. Quando a professora vendou meus olhos, fiquei com vergonha, pensando que os outros estariam me olhando, rindo de mim...fiquei angustiada para ver meu trabalho e também dos colegas. (...) Isso é muito irritante... não saber o que os colegas falam de você, ou achar que eles falam de você.
                                                 Luiza Mendonça de Oliveira - 202


É estranho você não poder enxergar o que está fazendo, você é obrigado apenas a imaginar. A argila "sugou" minha raiva, me senti pura, livre de todo mal que estava presente em mim naquele momento. Tudo ajudou, a música, os olhos vendados. Foi divino.
                                                  Letícia S. - 202

Vários sentimentosse passaram, a paz, a emoção, a culpa... você pensa em tudo, tanto nas coisas boas como nas coisas ruins.
                                                   Hanna Glasenapp - 202

Quando eu estava mexendo na argila parecia que o resto do mundo não existia, que existia somente eu, espantando todos os males e tentando recostruir um coração que eu havia quebrado com muitos sentimentos ruins... tento fazer daquela coisa ruim, alguma coisas boa, não só para mim , mas para a pessoa que mais amo nesta vida.
                                                   Alan Gustavo Petrokoski - 202

Fizemos os grupos e foi legal, sinal de que algo diferente iria acontecer (...) muitos não conseguiam ficar quietos pelo fato da venda nos olhos tirar o gosto pelas formas e pelas cores. Para alguns foi fascinante, algo novo, já para outros como eu foi intediante, a aula não acabava e com isso não podíamos tirar a venda, e a agonia sem visão não tinha fim, a música tocava, irritante, apenas pelo fato de que EU não conseguir ver as cores, as formas, as pessoas (...)
                                                        Diandra Sacani - 202

Mesmo de olhos fechados, senti uma liberdade que pudesse tocar e sentir formas diferentes, formas que demostram o que eu realmente estava sentindo.
                                                        Barbara K. Giombelli - 202

Vendado, senti-me como se apenas tivesse perdido a visão, nada mais. As palavras me guiavam como um cão guia, confiando na voz de uma conhecida.Senti-me calmo com tal experiência, muito calmo. Cada vez que ela sugeria uma situação, eu imaginava sem exitar, sentindo as situações felizes, as calmas, as tristes e um pouco do ódio, tudo com o coração. Na cena do ódio chegava a ser triste do modo que se era sugerido.Despedaçar a argila não era algo confortável, eu já estava em paz. Quando ela mencionou que era como um coração que eu havia despedaçado, quase me despedacei enquanto juntava as peças de argila.Certo do final de tudo eu já estava ficando cansado, mas não parei, não exitei em terminar o que havia começado.Música boa e inspiradora tocava durante o experimento; se eu pudesse classificar, não diria “música clássica”, mas sim “música dos deuses” ou “música dos anjos”. Não havia como sentir raiva ou ódio, apenas uma sensação boa, felicidade, paz e tristeza.Tão leve fora tudo, tão lento. Uma hora experimental de paz que bem poderia se repetir todos os dias.Mas então… Acabou… A música, o trabalho com argila, a calma, aquela bela escuridão.Era como se eu tivesse recuperado a visão, mas perdi algo bom dentro de mim: A sensação de ser livre dentro de mim mesmo.
                                                  Raphael Horen