sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O dia que a filosofia saiu da sala de aula

O tema do currículo do terceiro bimestre é ética e moral. Olho para meus alunos de terceiro ano do ensino médio, e percebo que nossa caminhada “juntos” está chegando ao fim. E como não posso adiar a despedida, programei o bimestre das nossas vidas, “nossas” sim, pois o professor tem esse leve defeito de se realizar com o aluno.
     Iniciei com os conceitos de moral e ética de Viviane Mosé, seguindo com Leonardo Boff. Fizemos dinâmicas em sala, com elementos da meditação budista, discutimos e criamos filmes em duplas sobre assuntos polêmicos e atuais dentro da bioética como, aborto, experiência com animais, clonagem, eutanásia, transplante de órgãos entre outros. Individualmente, os estudantes escreveram artigos, indicando os conceitos, os diálogos e vídeos estudados em sala. E como última atividade, solicitei que em grupos, retirassem a filosofia da sala de aula, através de uma intervenção pública. Sim, isso mesmo. Os alunos deveriam levar para a cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, município sede da escola, através de uma Intervenção, modalidade está das ates visuais, os temas e conceitos apreendidos em sala. E foi assim que tudo aconteceu.
      O dia em que a filosofia saiu da sala de aula, e foi parar num hospital infantil e durante uma tarde inteira, alunos dividiram ali, angústias, dores e alegrias, e foi parar também num lar para idosos, e em entrevista direta com os mesmos, fez da moral estudada em sala mais viva e compreensiva, e foi parar no parque da cidade, num domingo de manhã, entregando balões brancos e chamando as famílias para conversar sobre a moralidade do nosso país, e foi pra praça, em quatro trabalhos distintos, falando sobre o maltrato aos animais, vestidos como maltrapilhos, entregando imagens dos animais usados em experiências e pedindo socorro, falando sobre a reciclagem, uma aluna vestida de mamãe Noel, em pleno sete de setembro, entrega brinquedos produzidos por ela com garrafas pet, abrem-se discussões aqui referentes aos valores sociais em relação ao consumismo e a moral, e olha que teve pais devolvendo os brinquedos, pois “ninguém dá nada de graça”, teve doação de abraços grátis, e muita emoção de pessoas que não se sentiam acarinhadas a muitos anos, e teve também um grupo de alunos ouvindo quem quisesse falar, e um anônimo falou, tanto que os conceitos existenciais de alguns foi abalado e assim o questionamento se fez, se transformando em filosofar. Teve também trabalhos na escola, como rodear a escola com balões, uma metáfora para tirar a escola, o sistema educacional do seu eixo.
    Nestas atividades, mexemos com a sociedade, até entrevista para jornais da região foram dadas, incomodamos professores e a direção na escola, deslocamos a família, e transformamos os conceitos em conhecimento prático, foram 200 alunos envolvidos, 17 trabalhos em diversos locais da cidade, e uma professora realizada.

REGISTRO DAS ATIVIDADES

 Intervenção - ética com os animais.

Equipe pronta para o trabalho: Intervenção - ética com os animais.
Iniciando as atividades


Colagem com fotos de animais utilizados em experiência ou maltratados e frases de conscientização.

Elementos que também foram afixados

Ao final de tudo, a conclusão de que poucos se importam, animais são descartáveis, utensilio substituível, a equipe ficou transtornada com esse pensamento que foi proferido quase que de forma geral pelos passantes e ouvintes. 


Intervenção - mudando o sistema



Algo diferente ocorreu nesta equipe, foram tomados por um desejo de realizar a atividade, que até membros de outras equipes , ajudaram na execução do trabalho



Durante a montagem mesmo, os passantes questionavam o motivo dos balões, e eles explicavam prontamente e faziam questão que um balão fosse retirado,
dentro havia uma mensagem.


Movimentar o sistema, a inlfuência política dentro das escola, nomeação de cargos, engessamento de conteúdos, eis os temas aqui levantados.

...é como se os balões pudessem tirar a escola do lugar, mexer com seu eixo, afinal já que o sistema não muda, nós mudamos a escola de lugar...

Intervenção -  Recicle


Foi instalado nas residências, sacos de lixo com instruções, bem como horário do recolhimento e forma de reciclagem, um contraste com o ambiente...
...que outrora estava assim...

Intervenção - Questione-se












...aqui o encontro com a atividade de um outro grupo que falava da ética com os animais.

VÍDEOS PRODUZIDOS








PUBLICAÇÃO SOBRE OS TRABALHOS


domingo, 22 de setembro de 2013

CUSTOMIZAÇÃO - Camisa com tema DANÇA



























MORAL E ÉTICA - Construindo questionamentos

                             Filosofia em sala de aula amplia o sentido quando o discente se torna consciente, quanto ele questiona não em busca de respostas, mas em busca de novos questionamentos, levando os colegas e a comunidade escolar a também pensar.


Ética e Moral: Violência contra mulher.

Gabriela Trentini 303;
E.E.M.Abdon Batista
attrentini@yahoo.com.br

         Hoje em dia, na nossa sociedade a violência contra mulher, é algo cada vez mais constante, e ninguém se mexe para mudar. Todos calam a boca por medo, e talvez sobrarem pra eles. Mas se todos ajudassem, talvez fosse diferente, não acham? Quem sabe se cada um fizesse sua parte, nem existiria mais isso, mulher é algo para se guardar do lado esquerdo do peito, para amar, e cuidar. Como ela sempre cuidou de ti, sendo tua esposa, tua namorada, tua irmã e principalmente sendo sua mãe. A violência contra mulher é crime, e ninguém respeita então aonde vamos para com isso? Cada semana descobrimos mais vitimas, os noticiários nunca mudam, é sempre a mesma coisa, mulher é espancada lá, mulher é vitima de estropiamento aqui, até quando isso? É para uma pessoa virar agressora também devem existir diversos fatores como, ter um pai ausente, ter visto brigas de família quando criança, o consumo de bebidas alcoólicas.
         Entre outros tantos problemas, mas mesmo assim, eu não sei como uma pessoa é capaz de fazer isso. Por que nem de homem podemos chama-lo. A melhor coisa que pode existir é o respeito entre as pessoas.                                         
             Existem diversas formas de agredir uma mulher, nem sempre precisa ser sexualmente a agressão. A violência física, psicológica, patrimonial, gênero, doméstica, familiar, institucional moral entre tantas outras. Então vamos nos repeitar, para ganharmos respeitos dos outros.


Ética e moral


Greice Maiara Rückert; Série: 306;
E.E.M. Abdon Batista
greicinha102008@gmail.com


                            Hoje em dia falar sobre ética e moral é um tanto confuso, pelo menos é meu ponto de vista. A sociedade hoje não sabe o que é ética ou moral, ou se sabem, são poucos os que põem em prática.
Desde pequena ouvia minha avó dizendo “É questão de ética você ouvir pessoas te xingando e ignorá-las”, nunca havia entendido ela, até hoje; eu não entendia o porquê de eu ter que ignorar tal pessoa, e o porquê que isso iria me fazer uma pessoa “melhor”. Mas hoje vejo que isso ajudou e muito, a formar o meu caráter.
Lembro-me também dos meus tempos de rebeldia, onde eu me mentia em muitas confusões, vivia brigando e tudo mais, minha mãe sempre me fazia pedir perdão aos meus colegas, dizendo que me meter em brigas e não pedir desculpas me tornaria uma pessoa sem moral, nunca entendi isso também.
Não sabia para que eu utilizaria essas duas coisas, ética e moral; essas duas coisas hoje em dia tem se perdido em nossa sociedade, afinal, vemos reportagens absurdas na televisão, mostrando brigas em colégios, violência no trânsito, nos trabalhos e tudo mais. Atualmente, as pessoas tem pensado em si próprias apenas, não te dão bom dia, não conversam olhando nos olhos e eu fui educada de que isso é falta de ética, meu pai dizia que quando pequeno, ele cumprimentava todos na rua, porque se isso não acontecesse, meu avô “lascava a cinta”, acho que esses valores foram se perdendo ao longo do tempo.
Existe uma frase pela qual eu me interessei muito:
“Sem moral, a convivência é impossível. Sem ética, é infeliz e lamentável.”


Referência bibliográfica:
COELHO, André. Ética e Moral. Disponível em: < http://aquitemfilosofiasim. blogspot.com.br/2007/11/filosofia-moral-tica-e-moral.html>. Acesso em: 09 de set. de 2013.



Ética e Moral 

Morgana Bonin / 3 ano 01
Escola de Ensino Médio Abdon Batista
morganabonin@gmail.com


  Talvez eu esteja um pouco confusa para começar a falar sobre ética e moral, mas vamos começar...
  A moral incorpora as regras de uma sociedade onde convivemos, princípios morais e comportamento humano, surge de dentro do ser. É relativo a costumes e se submete a um valor. 
  Ética não se resume apenas em moral, mas sim em um viver e conviver melhor na sociedade, aceitando o próximo do seu jeito de ser e viver... costumes, cultura, hábitos. Busca o melhor de viver na vida provada ou publica, com seu conjunto de valores.
   É comum confundir ética e moral, como se fossem a mesma coisa. As vezes se confunde ética com espírito e corpo, que tem tudo haver com moral mas nada com ética.
  Desde que nascemos, aprendemos o certo e o errado, a partir disso é que reproduzimos os valores impostos pela sociedade. Vamos dizer que o nosso valor moral seria um “respeito a vida” e a ética criou seu “padrão de comportamento” como exemplo a justiça, honestidade, responsabilidade, lealdade, respeito (entre outros valores).
  Muitas pessoas hoje em dia acabam esquecendo do respeito com o próximo, suas responsabilidades... por conta de problemas causados por preconceito, besteiras, classe social, cultura... vários fatores!
  Nesse momento é que entra o equilíbrio na vida, os valores, respeito, educação desde criança. Como diz Juahrez Alves “Quem foge da ética, fatalmente é atropelado pela moral”.

http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=68 http://pensador.uol.com.br


Ética e Moral


Vanessa Hein  3°06
Escola de Ensino Médio Abdon Batista
Nessinha-hein@hotmail.com

            Buscando saber a fundo do que se trata ética e moral, encontrei que ética tem haver principalmente com o caráter da pessoa, são valores morais e princípios ideais do comportamento humano. Já moral, é basicamente a obediência a costumes e hábitos, ou seja, segundo minha interpretação, ao longo de nossa infância nós começamos a ‘obedecer’ regras, normas, costumes, hábitos, por conta disso nossa ética é mesclada conforme os costumes que nós aprendemos e seguimos.
Se crescemos ouvindo que não devemos falar com estranhos por conta do perigo que podemos correr, vamos praticar esses conselhos, nada mais natural então, do que andarmos de cabeça baixa, ou desviarmos o olhar quando percebemos que alguém nos olhou, e com o passar do tempo, essa pratica vai se tornando tão comum, que mesmo quando você quer olhar para uma pessoa e encaram por simples simpatia, ela se sente constrangida, e é assim se fazem isso com nós.
Eu acredito que os valores morais na sociedade variam muito, não tanto pelo fato da educação que recebemos, claro que esse fator também é muito importante, mas eles variam muito, por que em cada família vemos costumes diferentes, e esses costumes geralmente vai passando de geração em geração, não que todas elas seguiram o mesmo costume a fio, mas pelo menos a base desse costume todos levaram um pouco. Porem, vemos mudanças no comportamento do filho em relação ao do pai, isso não significa que esse filho não seguiu o costume, pode ter seguido, mas de um modo diferente, isso se dá principalmente pelo fato de que os tempos mudam, a sociedade muda, e os costumes e hábitos seguiram essas mudanças.
Nossos hábitos e costumes podem continuar mudando com o passar do tempo, isso não é estranho, na verdade eu acho isso normal pelo fato de que jamais teremos as mesmas opiniões pelo resto da vida – exceto algumas opiniões – isso acontece por que alem de nosso ponto de vista mudar com o passar dos anos, os assuntos mudam, o que pode ocasionar na mudança. A mudança então pode ser positiva ou então negativa. Muitas vezes já mudamos de opinião e não é agora que deixaríamos de mudar, mudanças devem vir para melhor, caso contrario podemos nos ‘perder’ .

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tic, 30/08/2013.


Preconceito na religião ou contra a religião
Felipe Plizzari
3° série turma 304
E.E. M Abdon Batista
felipeplizari@gmail.com

O preconceito na religião ou contra as religiões se da porque as pessoas não estão satisfeitas com a sua própria religião ai simplesmente ela procura criticar e julgar as outras religiões como sendo inferior a dele na verdade isso é uma grande besteira porque se todo mundo tem o direito de ir e vir em uma sociedade como essa e totalmente livre para expressar seus pensamento e também livre arbítrio ela também com certeza tem o direito de escolher a sua       própria religião, ou seja, a religião que vai seguir ou aquela religião que lhe faz bem.
Porque se ao menos nós não temos o direito de sermos feliz com as nossas escolhas deixa-o ser feliz na sua escolha pela religião se essa religião vai faze essa pessoa cresce na vida nos seus pensamentos nas suas atitudes perante a sociedade nós não temos o direito de tirarmos a felicidade de uma pessoa só porque nós não gostamos da religião que ela esta seguindo, na verdade pensando bem que somos nós para dizer para a outra pessoa o que ela deve ou não fazer da sua via porque deus já nos deu uma vida para nós cuidarmos, mas as pessoas não estão satisfeitas em cuidar da sua própria vida tem que cuida da do próximo também.
Na verdade nós nem temos o direito de julgarmos as pessoas por suas escolhas porque nós estamos julgando, mas ao mesmo tempo ela pode estar nos julgando da mesma forma que nós julgamos nós podemos ser julgados, simplesmente nós temos o direito de fazer nossas próprias escolhas por isso deixa as pessoas fazerem as SUS escolhas conforme a sua felicidade esta indicando o caminho se ela vai encontra essa felicidade através da religião boa proveito pelo menos essa pessoa não vai estar nas ruas fazendo coisas erradas para prejudicar outras pessoas por isso deixa-o ser feliz nas suas escolhas “simplesmente não de bola para o que os outros falam simplesmente seja feliz” 


CORRUPÇÃO

Luan Angelo Giuradelli
E.E.M Abdon Batista
Série:3º04
Luanangelo_2@hotmail.com



Muitas vezes nós, nos deparamos com uma noticia bastante comum, nos meio de comunicação, a imagem de um político.
Eu fico pensando, será que é uma forma de status, para eles ficarem estampando as capas de jornais e revistas.E o povo que olha para essas capas de jornais, e não da à menor significância, sobre o que esta ali, na sua frente, será que isso já é rotina.
Povo ignorante e acomodado será que vai demorar quanto para perceberem, que isso no é normal. E você que reclama de trabalhar 220 horas mensais e ganhar uma miséria, e vê seu dinheiro indo para o bolso de outros.Vocês que ficam pensando que político não tem Moral e Nem Ética, mas e VOCÊ, tem! Para cobrar isso deles.   


Ser ético e moral

Aluno: Eduardo Henrique Coutinho
Série: 301
Escola de Ensino Médio Abdon Batista
Endereço eletrônico: edu_koutinho@hotmail.com

     Ambas parecem ter o mesmo sentido, mas no contexto filosófico possuem significados diferentes, estando a ética entrelaçada ao estudo fundamentado dos valores morais, que orientam o comportamento humano.
     Oque é moral? É a pratica dos bons costumes e seguir regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
     De onde vem, ou melhor, como adquirimos a ética? Através da investigação do comportamento humano, obtendo um conjunto de conhecimentos.
      Muitos confundem ética e moral como sinônimos, mas isso é um erro, pois uma pessoa pode ser ética e imoral ao mesmo tempo, como por exemplo um soldado sendo ético em sua profissão não dedurasse um colega que torturou o inimigo, portanto sendo imoral.
      Em uma finalidade, entretanto, ética e moral andam de mãos dada, com apenas um objetivo, de que o ser humano tenha uma conduta diante da sociedade, certa, reta e linear, ou seja respeitando regras, leis e tabus estabelecidos por uma determinada sociedade e respeitando o próximo tratando-o com sinceridade, não o mal dizendo e tratando-o com desprezo. E o mais importante, fazer com que cada um pensa e reflita em cada situação do dia-a-dia, o que é certo ou errado, bem ou mal, tendo a possibilidade de fazer a melhor escolha através desses conceitos
     Contarei uma breve história para que reflita sobre ética e moral: João está desempregado, sua mulher grávida do quarto filho também, como última esperança de poder coloca o pão na mesma para sua crianças, João vai a uma entrevista de emprego. O emprego é garantido, mas tem um porem, ele será o entregador, onde terá que mentir, pois o chefe disse que na nota fiscal vai 50 caixas, mas na verdade vai 60, o motivo da mentira é o fato de sonegar impostos. Você aceitaria esse emprego?
Você que decide o que será do deu futuro, através de suas decisões, são as sua escolhas que decidiram quem você será, e quem serão seus filhos, ou seja, ser ético e moral ou não. Com certeza isso irá refletir nos problemas sociais, trazendo-o para eles uma possível solução.

                     

Moral e ética: BIOÉTICA

                  O terceiro bimestre do ano corrente, foi marcado por leituras acerca do tema, entrevistas e documentários com filósofos contemporâneos como Viviane Mosé e Leonardo Boff, dinâmicas de grupo e trabalhos.

                     Um dos trabalhos era realizar pesquisas em torno de temas da bioética “ética com a vida” e construir através de recortes da internet, conceitos, reportagens reais e entrevistas, um curta didático.


                    Com amplo orgulho, divido o trabalho de meus discentes. Que possa servir de mote para tantos outros trabalhos que podem surgir a partir destes.










segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Moral e ética: bem e mal

 PARA REFLETIR: 



(...)  três pessoas em um bote com quase nenhuma chance de sobrevivência a não ser que uma dessas pessoas saia dele. As três pessoas são o capitão, que é quem sabe navegar, um homem forte e jovem e um velho fraco com um ombro quebrado e que não pode remar eficientemente. Parece haver três escolhas nesse dilema. A primeira é uma solução utilitária extrema, baseada na chance de salvar mais vidas. Essa solução exige que o capitão mande o velho saltar do bote. A segunda solução, que pode ser considerada a mais justa, seria tirar a sorte para ver quem deve pular. A terceira solução é aquela na qual ninguém pula do bote, caso em que há grande probabilidade de todos virem a morrer. Em resposta a esse dilema o Juiz D. diz: "Penso que eles realmente deveriam ter tirado a sorte. Esse método, pelo menos, seria consistente com minha convicção de igualdade dos seres humanos. Nenhuma vida é melhor que a outra e não há razão no mundo para dois tirarem a vida de outro. E o motivo  é exatamente o mesmo a que venho me referindo, isto é, o respeito pela dignidade da vida humana". [...]
          O Juiz D. resolve o dilema do bote salva vidas com o princípio de respeito pelas pessoas manifestado na opção de tirar a sorte. No entanto, ele não interpreta esse princípio como a obrigatoriedade de obter a concordância por meio do diálogo.
        Ao contrário, a concepção de Joan de respeito pelas pessoas a leva a procurar o acordo por meio do diálogo a ponto de manter o diálogo, na situação do bote salva-vidas, embora, nessas condições, fique muito ameaçada a probabilidade de sobrevivência de todos:
          - 'O que deve fazer o capitão?'
          - 'Bem, não penso que o capitão deva fazer algo por conta própria, é claro. Acho que essa é uma decisão que precisa ser toada pelas três pessoas envolvidas'
         - 'Como chegarão a tomar uma decisão - se nenhum deles que espontaneamente pular do bote- uma vez que isso faz parte da situação?
        - 'Bem, certamente compreendo que naquele momento nenhum deles se voluntaria a saltar do barco. Sabe, isso é algo que precisa ser discutido por muito tempo e pensando individualmente e mais discutido. É uma decisão cooperativa. Ninguém tem o direito de tomar essa decisão isoladamente'. [...]
       - 'Mas eles podem não chegar a um consenso.'
      - 'Bem, acho que nessa situação é difícil acreditar que ninguém tomaria a decisão de pular do barco, mas, se não o fizerem, todos irão morrer. Quero dizer que os três estão na situação juntos, devendo haver uma decisão cooperativa ou nada'. 
       Entrar em diálogo seria moralmente necessário.
       Quando afirmamos tal, também questionamos  se o compromisso de Joan com a busca de acordo por meio do diálogo ate que todos morram seria a solução moralmente correta desse dilema. [...]

Retirado, pág. 232 Filosofando - Introdução à Filosofia. De Maria Lúcia de Arruda Aranha & Maria Helena Pires Martins.

PARA REFLETIR 2:


PARA PENSAR:

ÉTICA E MORAL


No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.