quinta-feira, 6 de novembro de 2014

“MOVIMENTANDO OS SENTIMENTOS” - Projeto finalista no XV Prêmio Arte na Escola Cidadã 2014

                A E.E.M. Abdon Batista, onde o projeto foi desenvolvido, possui o ensino inovador. O Programa Ensino Médio Inovador- ProEMI, instituído pela Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio.O objetivo do ProEMI é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos estudantes do Ensino Médio e às demandas da sociedade contemporânea. Os alunos permanecem em período integral na escola e além das disciplinas regulares, a grade possui disciplinas como literatura, futebol, teatro, música e dança. Os profissionais desta escola se reúnem uma vez por semana para realizar o planejamento semanal e mensal.
             Iniciei minhas atividades docentes na escola com a disciplina de filosofia. Como a direção tinha conhecimento do meu envolvimento com as artes, surgiu à proposta de assumir as aulas da disciplina curricular de dança. Proposta prontamente aceitas, principalmente pelo desafio que seria lecionar dança dentro do currículo, linguagem essa que gera polêmica e discussão quando se trata de escola/obrigatoriedade/leis.
            Já no inicio das aulas minha intuição bradava que não seria fácil. Encontrei dificuldades até no grupo de professores, que não conseguia ver viabilidade na disciplina. Alguns tinham o desejo gritado de substituir a mesma por algo mais tecnicista. E para dificultar, alguns alunos pensavam o mesmo.
            Minha estratégia foi à sensibilização. Primeiro dos alunos e por conseqüência a dos professores. Mas para quebrar as barreiras, primeiro preferi conhecer minha clientela com exercícios de sondagem para ao final elaborar o projeto “MOVIMENTANDO OS SENTIMENTOS”.
            No inicio de tudo só conseguia ver como positivo, a sala ambiente que era muito bem equipada, com aparelhos de som, TV, projetor multimídia, colchonetes e espelhos.
            A escola está situada na cidade de Jaraguá do sul, norte de Santa Catarina. Cidade com parque industrial forte e diversificado: malharias e confecções, metal-mecânica e produtos alimentícios. Jaraguá do Sul é uma cidade de povo que gosta do trabalho, sua cultura é identificada nas atividades das etnias formadoras de seu povo: negros, alemães, húngaros e poloneses. Essa característica social de identificação fácil na cidade talvez justifique o pensamento encontrado nos primeiros contatos com a escola.
            Para ampliar minhas expectativas, tracei metas. A principal era fomentar dança. Para que esta se realizasse o encantamento necessitava acontecer, de dentro para fora. Como a rejeição foi minha primeira emoção, decidi trabalhar com a emoção dos estudantes, transformando as mesmas em dança. Um registro de tudo seria valioso para ambos os lados, para que eu pudesse avaliar e para o estudante não esquecer as emoções afloradas, então como método de avaliação, elencou-se o diário de bordo, nada mais que um caderno onde todas as aulas seriam registradas.
                Busquei fontes para embasamento, já conhecia “Improvisação para o Teatro” de Viola Spolin. Os jogos foram adaptados para a realidade dos estudantes. Da autora Isabel Marques conhecia alguns artigos e a preocupação com o ensino da dança. Logo encontro o livro Ensino de dança hoje - textos e contextos, que acaba orientando o processo pedagógico da dança.

Processo criativo...
            As aulas seguiriam sempre a mesma dinâmica:
1. Alongamento - de acordo com o programado para o dia, aproximadamente 10 minutos;
2. Exercício do dia;
3. Volta calma - como teriam aulas após a dança, o corpo/mente deveria se acalmar para as próximas disciplinas, em torno de 10 minutos;
4. Diário de bordo - relatório sobre como foi à aula, sentimentos e percepções, sem número de linhas específico, cada qual de acordo com sua necessidade de expressão, cerca de 5 minutos para realizar.

            Narro alguns exercícios, todos com o mesmo intuito de aflorar um ser que dança, aqui surge o termo “dançante” que cito em várias frases, a junção de dança e estudante.
            Na nossa primeira aula, eu não os conhecia, muito menos eles a mim. Descubro pelas primeiras falas que “ensino médio, “não dança”, “nem gosta de atividades físicas”, “tem vergonha de se expor”... O que mais se ouvia: “somos travados”, “não quero fazer”, “o que irão dizer de mim”?  Sugeri uma tentativa e após explicar qual seria nosso método daquele dia em diante, orientei para que apenas caminhassem pela sala, movimentando-se para todos os lados. Passado um tempo, sugeri que fechassem os olhos, e buscassem confiança para caminhar para todas as direções, sentindo o ar que nos cerca, ouvindo o silêncio e se orientando por ele, de olhos fechados cortando o ar com as mãos, nas várias direções existentes. Após, parar em frente a um parceiro e sentir sua respiração, com o toque das mãos, perceber o quanto ele é pessoa assim como todos, que pensa e sente e está apavorado neste primeiro contato de aula. Ao término do exercício, tempo para registro da aula no diário de bordo.
            Nosso primeiro exercício foi simples e desafiador, caminhar de olhos fechados num ambiente que não conheço com pessoas que não conheço, aqui quebramos alguns tijolos da barreira que nos separava.


           Após este contato inicial, resolvi fazer uma sondagem para perceber o terreno que estava pisando. E para alegria, era uma terra pronta para produzir. Alguns exercícios de sondagem foram realizados, como atividades de caminhada em sala de aula, com ou sem som, com paradas e orientação, alongamentos em pé e deitado, improvisação em dança, partindo de frases, de poesia, de situações, de músicas escolhidas pelos estudantes.           
            Passado a sondagem, tracei meus planos, criar coreografias com os sentimentos dos alunos. Iniciei assim vários outros exercícios, como as dinâmicas de grupo (dinâmicas de entrosamento e socialização), aprendendo a caminhar, movimentar o corpo, exercícios de relaxamento, criar movimento para o nome (um movimentos para o primeiro nome, depois formamos equipes e ao som de músicas os movimentos foram reproduzidos “dançados”), aprendendo a apresentar, dinâmica do pensamento...
            Na dinâmica do pensamento, iniciamos com um alongamento. Após uma “exaustão”, movimentos rápidos para todas as direções em diversos níveis, com finalidade de cansar os músculos do corpo. Em seguida, solicitei que deitassem nos colchonetes e com olhos fechados, ao som de uma calma música se imaginassem caminhando por um local lindo, cheio de belas árvores e flores coloridas e que neste lugar encontrariam uma “Lembrança triste da infância”, num tempo de 10 minutos eles permaneciam pensando, depois sentados formando uma roda, poderiam falar sobre os sentimentos que afloraram em seguida escolher uma palavra representativa ao que sentiram. Logo, criavam um movimento para a palavra. Este movimento se transformaria em partitura, e esta em nossa coreografia final.

            A mesma dinâmica se desdobrou em temas como “Desabafando com desafetos” onde no momento de imaginar encontravam no local lindo, alguém pelo qual nutriam sentimentos como raiva, medo, terror, mágoa, ou qualquer outro sentimento dolorido. Ao encontrar a pessoa em seu pensamento, todos os sentimentos reprimidos deveriam ser colocados para fora, pela conversa com este ser imaginário; E ainda numa outra aula, “Agradecendo aos seus amores”, onde poderiam mentalmente agradecer as pessoas que amam, e dizer tudo o que sentem, já que na realidade sempre é bastante difícil de fazer.

         Seguindo o processo de criação, passeamos pela parte técnica no “fazer rolamentos”, “fazer ponte”, ”parada de mão”, ”espacate”, todos feitos em grupos, uns ajudando os outros.


            Divididos em grupos os estudantes realizaram pesquisas sobre a história da dança, também levantaram informações sobre a vida e obra de grandes bailarinos e a evolução das modalidades em dança. Trabalho este apresentado em slides. Assistimos curtas sobre Isadora Duncan, Martha Graham, Grupo cena 11, Grupo Corpo, Curtas sobre apresentações realizadas no Festival de dança de Joinville.  Em conjunto, assistiram ao filme Step Up 4 , que trata de um flasch mob.
            Das improvisações, construídas até então, o grupo cria um flasch mob (empolgados com o filme) e apresenta para as outras turmas da escola. Nossa primeira apresentação em público, fora da sala de aula. Acredito que funcionou, pois fomos convidados a representar a escola numa conferência nacional de educação “Conae” fazendo a abertura da conferência que estava acontecendo na cidade.
            No dia da apresentação, chegamos duas horas mais cedo, espalhamos os grupos pelo auditório, que logo foi tomado por diretores e professores e quando fomos apresentados “era aluno saindo de tudo quanto é lado”, comentário de quem estava presente. Foi neste dia que caíram os últimos tijolos do muro que nos separava.

          
              A escola definitivamente tinha um grupo de dança. Resolvi fazer uma surpresa para os meus dançantes, convidei vários grupos profissionais de dança para fazer uma apresentação na escola, somente um atendeu. O projeto da Scar–Dentro da dança, trouxeram como modalidades o balé e a dança contemporânea.
          
                   E assim, alimentados pela dança, continuamos o nosso processo criativo. 

MÃOS DANÇANTES

                   METODOLOGIA: Sala organizada de forma harmoniosa, meia luz. Espalhar lápis de várias cores pela carteira, de maneira a ficar acessível às mãos. Sentar de forma confortável, não cruzar as pernas nem braços. Fechar os olhos e confiar. Exercício de respiração para acalmar. Ao iniciar a música, inicia a atividade. Desenhar conforme o ritmo da música, concentrar, deixar se levar pela emoção, escrever, desenhar, riscar o que os sentimentos permitirem, dançar com as mãos no papel. Única regra, abrir os olhos somente no final do exercício.
            Muitos detalhes sobre este exercício, fotos e filmagem, pode ser encontrado no blog: http://ecoisadeescola.blogspot.com.br/2013/03/danca-maos-dancantes.html

        Ao término do exercício surgiu a ideia de aumentar a proporção da atividade. Criamos então a atividade, "CORPO QUE DANÇA". Os lápis coloridos foram substituídos pelos corpos pintados e o papel por tecido. E assim foi, pintamos o corpo, fotografamos e dançamos sobre o tecido branco.


              Cada exercício, um sentimento no diário de bordo, cada sentimento um movimento (...). Foram tantos os exercícios realizados, no intuito de aflorar os sentimentos, que sinto em ter que eleger somente alguns para relatar, acredito que agora me deparei com minha maior dificuldade.

Festival de dança de Joinville

           Nas férias de julho acontece o maior festival de dança da América latina, o festival de dança de Joinville. Como a cidade de Jaraguá do Sul, fica próxima a Joinville, a visita ao festival não podia ficar fora projeto.
            O festival é uma escola aberta, bailarinos e professores circulam nos dias do evento pela cidade. Janela aberta para quem quer aprender e socializar.
            Antes de chegar ao maior festival de dança da América latina, paramos para visitar a exposição do artista Joinvillense, conhecido internacionalmente Juarez Machado. A exposição “Soixante-Dix” é relativa aos 70 anos de Juarez que a mais de 20 anos não expunha na cidade.


O FESTIVAL “Jaraguá em dança”...
            Apresentar os sentimentos em forma de dança, os sentimentos dantes lacrados no íntimo de cada estudante, para uma grande plateia, foi muito além das expectativas.
            Foram oito dias de apresentações, meus dançantes se apresentaram em cinco noites, oito coreografias e uma preparação gigante. Contei com a ajuda dos colegas professores para a maratona, visto que durante o dia, os alunos frequentaram normalmente as aulas e eu também.
            Nos dias de apresentação, ensaiávamos durante o almoço, fazendo revezamento entre os grupos. E ficávamos depois do horário de aula para que a mágica da maquiagem e caracterização acontecesse.
            Foi mais que um sonho, todos estavam envolvidos, até as merendeiras da escola, que preparavam lanches fora de horário para que ninguém saísse sem se alimentar.
         Os grupos que não se apresentavam na noite, auxiliavam na maquiagem, carregando bolsas, buscando água para os ansiosos, conversando e distraindo os colegas emocionados por tudo o que estava acontecendo. Foi um trabalho de equipe, agora todos faziam parte do mesmo sonho.



              Quando gostamos de algo, fica muito mais fácil aprender. E como aprenderam!!! Aprenderam a maquiar, a prender cabelos, a dividir material, a ter paciência com os colegas, a compreender o que se passa com o outro.
            Após a preparação, o espetáculo.
            O Jaraguá em dança aconteceu na Scar (sociedade artística da cidade). Como fizemos parte da categoria infanto-juvenil, as apresentações aconteceram durante a noite. Com inicio às 19h30min e término ás 21h00min. Saíamos da escola, que fica umas quatro quadras do local, caracterizados. No local do festival, já tinha professores e pais esperando, para auxiliar. Enquanto eu ficava na cabine de som, orientando a iluminação e paradas musicais, os professores acompanhavam os alunos na sala de espera, outros já estavam nos camarins e uns nas coxias espiando o trabalho que estava sendo apresentado no palco. Teve noites que apresentamos três vezes, outras apenas uma.



APRESENTAÇÕES:


Segue link das apresentações realizadas:










              Cada dinâmica/exercício, um sentimento. Cada sentimento, um movimento. Com os movimentos, uma coreografia. As músicas foram escolhidas em conjunto, os figurinos e maquiagens foram desenhados partindo da temática de cada coreografia. As temáticas foram surgindo durante o processo criativo. Os nomes dados as coreografias, nasceram da observação das temáticas, do grupo, dos figurinos e dos sentimentos em comum.
            “Ser fêmea é ser elegante”, narra à mulher/menina poderosa que trava batalhas umas com as outras por diferenças, sendo a maior batalha a interna, e percebe sempre ao final que unidas são fortes. 
                  “Não permita que o medo te impeça de tentar”, expõe os medos, os receios as violências que sabotam nosso ser e que nos cega muitas vezes para o lado bom da vida.
            “Entre a sanidade e a loucura”, comunica essa linha tênue, que separa a mente sadia da insana. A coreografia tem dois momentos, toda desenhada e dançada para frente e depois o retrocesso com os mesmos movimentos.
            “Indiscernibilidade”, fala sobre a mídia, que manipula, aprisiona que não permite que saibamos “as verdades”, trata da loucura do consumismo e a busca pela real liberdade de pensar.
            “O movimento impossível só está na nossa mente”, segue literalmente o que significado do título. Nossa mente, pensamentos e lembranças, enclausuram nossas ações, tornando-as conscientemente impossíveis. Aqui temos muito que pensar.
            “Num outro tempo é impróprio se dançar assim”, exprimi o comportamento através dos espaços/tempos. Beijo na mão, entrega de flores, pedir permissão para dançar/namorar. Situações ainda presentes em alguns locais, e fora da realidade de outros.
            “Lascívia” nasce do desejo das meninas expressarem o lado sensual sem ser vulgar, presente em todas. Foi uma brincadeira, coreografada em conjunto com elas, conversando sobre cada movimento, excluindo e explicando o porquê de alguns.
            Dança pedagógica não é como dança de academia, nem chega perto de grupos profissionais de dança. Na academia, os participantes pagam e escolhem o que querem ou não fazer. Nos grupos profissionais, são escolhidos por audição os melhores pela técnica e expressão, dentro de modalidades que os participantes já dominam.
            Dentro de uma sala de aula, no currículo escolar, o aluno deve ser encantado a “querer” fazer. Muitos chegaram “crus”, nunca tinham assistido a nenhum espetáculo de dança, e de repente iriam participar de um. A grande maioria só enxergava dança, quando se tratava de danças urbanas. Outros, por medo, vergonha, questões físicas e de gênero, simplesmente, não se permitiam encaixar no grupo.
            Quando o encantamento não acontece, por ser currículo/projeto, pelo menos o docente deve apresentar possibilidades aos estudantes de como ele pode se encaixar no projeto, naquela realidade dançante da qual ele não se enxerga. Aproveitando este entrave inicial, apresentei os profissionais que trabalham para que o espetáculo aconteça. É importante compreender que para o espetáculo acontecer, precisamos de equipe de apoio. E tivemos uma, composta por estudantes que não se identificaram com os palcos, mas com as coxias. E esta equipe fez toda a diferença, arrisco dizer que sem o apoio o espetáculo não seria o mesmo.
            Dentro do projeto, pelo tempo que tivemos a técnica em dança não foi à primazia do processo. O trabalho em equipe, os exercícios/dinâmicas, a pesquisa em história da dança, o re-conhecimento das várias modalidades foi o caminho valorado do processo. A construção do corpo/equipe, de repertório pelos vídeos e apresentações assistidos, pela pesquisa em história da dança, pela improvisação e experimentação de movimentos, as partituras surgidas pelos sentimentos, foram os caminhos elencados para a construção coreográfica.

APRESENTAÇÃO NAS ESCOLAS

            Passado o “Jaraguá em dança”, o grupo foi convidado a demonstrar o projeto em três escolas da região. As apresentações aconteceram em horário de aula, os dançantes foram dispensados para representar a escola. Nestas idas e vindas, eles exercitaram a responsabilidade e a paciência. Conheceram novas pessoas e idéias. Conquistaram novas amizades. Entre eles mesmos era visível o entrosamento, na   organização dos figurinos, com a maquiagem, todos aprenderam a maquiar, uns maquiavam os outros, todos eram responsáveis por todos. Havia o cuidado, o respeito, a cumplicidade.
             Pelas escolas que passamos, emoções foram deixadas.
            Nas escolas, não havia um palco iluminado, nem som adequado, mas o desejo de ser o artista que outrora foi estudado e assistido, e de mais uma vez poder apresentar os sentimentos em forma de dança,  sobrepunha as dificuldades estruturais. 



          Finais tendem a deixar pessoas tristes. Sabíamos que nosso projeto estava findando.
       O Jaraguá em dança já era para ser o fim. Surpresa foi o convite para realizar as apresentações nas escolas da região.
          Recolher e guardar os figurinos foram à prova da conclusão. A despedida regada de lágrimas em dezembro, resultado do quanto fomos felizes.
         Nossa única certeza é a de que algo havia mudado dentro de todos. Inclusive em mim.
      Hoje, um ano após o inicio de tudo, organizando o material para o portfólio, me emociono, com cada imagem, pois elas acordam as lembranças, as falas, as histórias, os segredos, as descobertas, o fazer criativo e todo o processo maravilhoso pelo qual professora e dançantes passaram.
             Hoje, não leciono mais para este grupo. Não faço parte do dia letivo deles. Mas vez por outra converso com alguém nas redes sociais da vida.
            Quando soube da classificação para a próxima etapa, pedi autorização para a escola e assim que foi permitido, fui dar a notícia aos dançantes.
            Eles já estavam na porta da escola quando cheguei, mas não todos. Alguns trocaram de escola, outros de turno.
            A saudade de tudo era igual em mim e neles. Já na sala de aula, quando li a inscrição do projeto, nova surpresa, eu sabia que tinha sido significativo, mas não imaginava que era tanto. Passado um ano eles tinham relatos dos exercícios vividos e das confidências, dos desbloqueios e conquistas, como se tudo tivesse acontecido ontem.
            E eles queriam participar da próxima etapa de alguma forma. “Vamos juntar todos e fazer uma nova coreografia”, sugeriu alguém, na esperança de que pudéssemos enganar o tempo.
            Difícil entender que não há como enganar o tempo, fingi uma explicação de que o que vivemos foi, o tempo e o espaço são outros, mesmo que tentássemos não seria a mesma coisa, e que devemos prosseguir, acredito que tentei me enganar também, sem muito efeito.
            Após uma semana, recebo um pen drive com depoimentos dos alunos. Sim, eles irão participar de alguma forma. Surpresa grata foi ouvir o depoimento do professor Teófilo de química, que acompanhou os dançantes nas noites de apresentação, sua compreensão do processo, apenas pela observação, se tornou meu maior regalo.


DEPOIMENTOS


Hoje elas dançam profissionalmente.










Depoimento : Professor Teófilo, Física.




PUBLICAÇÕES







Finalmente fecho este ciclo, para dar inicio a outros. 
Agradeço aos meus dançantes, certa de quem sem eles, nada seria possível!!! OBRIGADA (...) 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

FILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: Tema - DIÁLOGO




Conteúdos a serem trabalhados:

• o uso e valorização do diálogo como instrumento para esclarecer conflitos;

• a coordenação das ações entre os alunos, mediante o trabalho em grupo;

• o ato de escutar o outro, por meio do esforço de compreensão do sentido preciso da fala do outro;

• a formulação de perguntas que ajudem a referida compreensão;

• a expressão clara e precisa de ideias, opiniões e argumentos, de forma a ser corretamente compreendido pelas outras pessoas;

• a disposição para ouvir ideias, opiniões e argumentos alheios e rever pontos de vista quando necessário.

DINÂMICA DE MOTIVAÇÃO

Antes de iniciar a atividade, questionar os estudantes sobre quanto tempo já estudam naquela sala, com aqueles colegas. Após pedir se eles conhecem tudo sobre o colega ou pelo menos o suficiente. As respostas serão as mais variadas, alguns irão afirmar conhecer muito bem o colega e esta afirmação mudará com o decorrer da atividade. Afinal, podemos conviver com uma pessoa por uma centena de anos e ainda assim, nos surpreender com o que ela é capaz.

METODOLOGIA

1º ANOS

Sentados em uma roda com suas pequenas cadeiras, cada estudante toma a palavra respondendo em forma de diálogo a três perguntas que segue.

2º ANOS EM DIANTE

Sentados de frente um para o outro, somente com as cadeiras, um conversa com o outro respondendo as três perguntas que seguem, passados aproximadamente sete minutos, faz-se a troca dos pares, sem necessidade de troca de cadeiras, assim o jogo continua por até cinco rodadas.


  PERGUNTAS:

        Quem é você? (nome, endereço, com quem moram, animais de estimação...)

        O que você gosta de fazer quando não está na escola?

        Conte uma história que aconteceu de verdade com você.


Após a atividade, questionar os estudantes sobre as descobertas acerca dos colegas, se foram positivas, o que descobriram em comum, como nomes e lugares, semelhanças e diferenças que enriquecem nossa convivência e nossos diálogos diários.


REGISTRO

Colocar no papel, as respostas escritas ou em ilustração. Todas serão colocadas em um grande painel. Um “quadro” dos diálogos realizados.

Alguns Resultados:










Férias... 


            Descanso para a mente, e ao mesmo tempo pausa para pensar nas ações que podem ser desenvolvidas, tomando como base o primeiro semestre.

            E pensando, me dou conta do quanto levo dos meus estudantes para casa. O sorriso, o olhar, as confidências, a organização, o empenho, as histórias de vida, as vitórias, os fracassos; Cada estudante dentro de sua particularidade oferece a mim uma oportunidade de também aprender.                                                                
                  E como aprendemos com os pequenos.

            Já na escola, no primeiro dia de aula pós-férias, digo a eles que levo sempre comigo, em cada fim de dia letivo “um pedaço deles”, alguns me olham estranho, apalpando partes do corpo, tentando identificar que parte foi roubada. Explico então que na vida, nós vamos encontrar muitas pessoas, e aprender com elas, de cada uma nós iremos levar um “pedaço” e como sempre levo um pedaço deles, e aprendo muito com eles, chegou o momento de deixar um pedaço “meu” com eles, (aqui eles me olharam duvidosos).

            Digo que caminhei pela minha casa, e peguei vários pedaços de “coisas” que pertenciam a mim, e que agora eles poderão usar em seus cadernos, logo, terão levado pra suas casas por um tempo determinado por eles, algo meu, em agradecimento ao muito que eles doam todos os dias. Esse pedaço de “mim” deve ser usado para fazer a abertura do caderno de terceiro bimestre. O bimestre do diálogo, onde as conversas serão orientadas pela qualidade.

            Em casa preparo o material. Como faço filtro dos sonhos, levo para sala, pedaços de lã colorida, penas de várias cores, pérolas e miçangas. Como gosto de arte/artesanato, levo pedaços de tecidos de várias cores e formas. Coloco dentro de uma sacola escura que impossibilita verificar adiantado o que tem dentro.

             Na sala, após todo o diálogo acima, peço para que coloquem as mãos sem olhar e pegar um pedaço de “mim”. Seguimos com risos e falas, dos pedaços escolhidos pela sorte e em conversas gostosas sobre quantos pedaços de pessoas já estão em nós. Enquanto os alunos realizam a atividade de abertura no caderno (que é só um mote para estabelecer a conversa), eles trocam entre si, os pedaços e discursam sobre tudo o que sentem/sentiram na aula e das pessoas que por eles passaram neste curto espaço de caminhada que tiveram até aqui.

Coloquei a mão na sacola também para tirar um pedaço de “mim”, peguei fios de lã colorido e construí minha imagem de abertura.





        Os estudantes também criaram, segue algumas imagens, pena que não há imagem dos diálogos realizados, estes ficarão guardados no espaço tempo que se realizou, só entre “mim” e eles.






              Com o intuito de mais diálogos com qualidade, foi elaborado duas atividades.

            Com os primeiros e segundos anos, a idealização e confecção de bonecos de jornal. A ideia era criar um motivo para a construção dos diálogos. Enquanto os estudantes confeccionavam, bons assuntos aconteciam. Após a confecção, foram instruídos para que em equipes ou duplas (escolhidos por eles) realizassem ensaios do que poderiam contar de histórias (situações fictícias e reais) utilizando como personagens os bonecos confeccionados. Depois, montamos em sala, com um tecido preto, uma espécie de “palco”, onde eles puderam “dialogar” com seus bonecos e por consequência, uns com os outros. Enquanto um grupo apresentava, os demais ouviam, interagindo com risadas e sugestões, tentando manter “um silêncio” que não se realizou, sabemos que até no silêncio podemos formalizar diálogos, porém muito tinha a ser dito, e silêncio era o que menos queriam.
               Como incentivo para a realização das atividade, os estudantes assistiram ao vídeo “Quintal da cultura – As aventuras de Pedro Malasartes”.


REGISTRO DA ATIVIDADE:

Criação de bonecos, como motivo...
... para construir diálogos.
Mais registros...
                                          






                                     
          Todas as apresentações foram filmadas, gerando expectativa nos pequenos esperando o grande momento para assistir suas criações.
                                            
 
Um trecho sem pretensões, para não expor a privacidade do estudante, porém necessário como mostra do registro do trabalho.


          Com as demais séries, resolvi explorar a arte da expressão pelo TEATRO. Como o tempo de aula é curto, escolhemos os “esquetes” como linguagem.
      Teatro do que? Para que? Calma, foi e está sendo moroso o processo de desenvolvimento das atividades. Como incentivo ao pensar, meu objetivo primeiro, recortei perguntas existências e coloquei em uma sacola, fazendo com que os alunos sorteassem sem nenhuma preocupação com respostas. Após o sorteio, liam em voz alta e tentavam responder mentalmente, em seguida eram orientados a colar as perguntas em qualquer local da escola, que eles considerassem movimentado, com o objetivo de o maior número possível de pessoas ser atingidas por aquela chuva de desestruturação de pensamentos em forma de questão. 
               Assim foi feito. Segue as questões utilizadas.

- POR QUE DEVO SER JUSTO?
- A SEMENTE DE UM CARVALHO É UM CARVALHO?
- PODEMOS TER CERTEZA DE ALGUMA COISA?
- A HUMANIDADE EVOLUI?
- PARA QUE SERVE A ARTE?
- O QUE FAZ DE NÓS MELHORES PESSOAS?
- A ALMA EXISTE?
- “NÃO EXISTEM PESSOAS MÁS, APENAS AÇÕES MÁS”. CONCORDA?
- É BOM ACREDITAR NO DESTINO?
- QUANDO É QUE PROTEGER É MAU?
- OBEDECER É DEIXAR DE SER LIVRE?
- A RELIGIÃO LIBERTA?
- É POSSÍVEL PROVAR A EXISTÊNCIA OU A INEXISTÊNCIA DE DEUS?
- É POSSÍVEL ENSINAR O QUE IGNORAMOS?
- OS HOMENS SÃO TODOS IGUAIS?
- O QUE É PRECISO PARA SE SER HUMANO?
- O CONHECIMENTO TEM LIMITES?
- O PENSAMENTO TEM LIMITES?
- DAMOS MAIS IMPORTÂNCIA À APARÊNCIA OU À REALIDADE?
- VIVEMOS NO MELHOR DOS MUNDOS POSSÍVEIS?
- PREFERIAS VIVER NUM FILME BOM OU NUMA MÁ REALIDADE?
- SER LIVRE É TER TUDO O QUE QUEREMOS?
- A APARÊNCIA É MAIS RICA QUE A REALIDADE?
- PARA PENSAR DEVEMOS DEIXAR DE PENSAR. CONCORDA?
- O QUE É A LIBERDADE?
- QUAL É MAIS BELO, UMA PEDRA OU UM DIAMANTE DE PLÁSTICO?
- O NADA EXISTE?
- O “NÃO” EXISTE?
- É POSSÍVEL GOSTAR DE ALGUÉM RADICALMENTE DIFERENTE DE NÓS?
- SERIA BOM VIVER PARA SEMPRE?
- DEVEMOS CUMPRIR SEMPRE AS REGRAS? 
- TUDO O QUE EXISTE É REAL?
- AS MÁQUINAS PODEM PENSAR?
- É SEMPRE NECESSÁRIO OBEDECER?
- DEVEMOS SER SEMPRE SINCEROS?
- OS PENSAMENTOS SÃO REAIS?
- QUERIAS VIVER NUM MUNDO SEM MALDADE?
- HÁ ALGO MAIS IMPORTANTE QUE A FELICIDADE?
- POR QUE DEVO SER JUSTO?
- OS ANIMAIS TÊM DIREITOS?
- PARA QUE SERVE O SER HUMANO?
- A VERDADE É PREFERÍVEL À MENTIRA?
- A CIÊNCIA MELHORA O HOMEM?
- A ESPÉCIE HUMANA TEM EVOLUÍDO PARA MELHOR?
- O QUE É SER HUMANO?
- AS PESSOAS MUDAM?
- É POSSÍVEL “NÃO ESTAR EM MIM”?
- PODEMOS SER FELIZES SOZINHOS?
- SOMOS AQUILO QUE PARECEMOS?
- “O QUE É VERDADE PARA MIM NÃO É VERDADE PARA TI”. CONCORDAS?
- A CIÊNCIA PODE CONHECER O AMOR?
- O QUE É UMA PESSOA BEM SUCEDIDA?
- O QUE É PENSAR POR SI PRÓPRIO?
- HÁ ALGO IMPOSSÍVEL DE PENSAR?
- O QUE É TER LIBERDADE DE EXPRESSÃO?
- A SOCIEDADE CORROMPE O SER HUMANO?
- EDUCAR É MELHORAR OS INDIVÍDUOS?
- POR QUE ACREDITAMOS NO QUE ACREDITAMOS?
- AS COISAS PODERIAM TER SIDO DIFERENTES DO QUE SÃO?
- COMO É QUE NOS CONHECEMOS A NÓS PRÓPRIOS.
- QUAL O MELHOR ACESSO AO CONHECIMENTO DE MIM MESMO?
- OS ANIMAIS PENSAM?
- A CIÊNCIA É COMO UMA RELIGIÃO. CONCORDA?
- O CONHECIMENTO TEM LIMITES?
- O UNIVERSO PODIA NÃO EXISTIR?
- CONHECEMOS A REALIDADE?
- CONTROLAMOS A TECNOLOGIA OU ELA CONTROLA-NOS?
- É POSSÍVEL MENTIR A MIM PRÓPRIO?
- HÁ COISAS QUE ACONTECEM POR ACASO?
- O UNIVERSO É PERFEITO?
- A PERFEIÇÃO EXISTE?
- O UNIVERSO É UMA BOA INVENÇÃO?
- A ETERNIDADE EXISTE?
- COMO SABEMOS QUE SABEMOS?
- QUAL O FUNDAMENTO DO BEM E DO MAL?
- EXISTE UM SENTIDO DA VIDA?
- PODEMOS SER FELIZES SOZINHOS?
- SOMOS O QUE APARENTAMOS?
- SÓ DEVEMOS ACREDITAR NO QUE VEMOS?
- A NOSSA VIDA TEM OBJETIVO?
- QUAL O NOSSO LUGAR NO UNIVERSO?
- HÁ UM USO CORRETO PARA A NOSSA VIDA?
- É NECESSÁRIO ACREDITAR NO QUE NOS DIZEM OS PROFESSORES?
- É SEMPRE POSSÍVEL CONHECER MELHOR UMA COISA?
- OS ADULTOS SABEM MAIS QUE AS CRIANÇAS?
- TODAS AS OPINIÕES VALEM O MESMO?
- QUANTO MAIS ESTUDAMOS MAIS SABEMOS?
- HÁ COISAS QUE NÃO DEVEMOS SABER?
- NADA É O QUE PARECE?
- SÓ SABEMOS O QUE NOS ENSINAM?
- O BEM EXISTE?
- PODEMOS SER BONS E MAUS AO MESMO TEMPOS?
- O QUE É O BOM?
- O QUE É A BELEZA?
- HÁ VÁRIOS TIPOS DE BELEZA?
- QUAL A ORIGEM DA BELEZA?
- A BELEZA ESTÁ DENTRO OU FORA DE QUEM A VÊ?
- O QUE FAZ DE ALGO “ALGO BELO”?
- A BELEZA É INFLUENCIÁVEL?
-NECESSITAMOS DA BELEZA?
- O QUE É O CONHECIMENTO?
- HÁ PENSAMENTOS SEM PALAVRAS?
- O CONHECIMENTO LEVA À FELICIDADE?
- A FELICIDADE É O FIM ÚLTIMO DA EXISTÊNCIA?
- O QUE É SER FELIZ?
- A VERDADE FAZ-NOS FELIZES?
- A IGNORÂNCIA TRAZ FELICIDADE?
- SOMOS OS NOSSOS MELHORES JUÍZES?
- POR QUE É QUE EXISTIMOS?
- O CONHECIMENTO ESPELHA A REALIDADE?
- SOMOS MAIS O QUE SONHAMOS OU O QUE FAZEMOS?
- O SER HUMANO É MAU POR NATUREZA?
- O QUE HAVIA ANTES DO UNIVERSO?
- PODEMOS SER IMORTAIS?
- O QUE NOS FAZ HUMANOS?
- TUDO TEM UMA RAZÃO DE SER?
- O NADA É ALGUMA COISA?
- EXISTE O DESTINO?
- EXISTEM A SORTE E O AZAR?
- SOMOS INDEPENDENTES?
- SEI QUE EXISTO?
- O QUE É A CORAGEM?
- SOMOS MAIS QUE AQUILO QUE APARENTAMOS?
- PENSAMOS TUDO AQUILO QUE DIZEMOS?
- PODEMOS DIZER TUDO AQUILO EM QUE PENSAMOS?
- HÁ VIDAS SEM VALOR?
- O QUE DÁ VALOR À VIDA?
- SOMOS ETERNOS?
- PODEMOS SABER SE EXISTIMOS?
- SOMOS OS ÚNICOS RESPONSÁVEIS
- POR QUE QUEREMOS SER FELIZES?
- VALE A PENA VIVER?
- O QUE HÁ DE MAU NA LIBERDADE?
- O CONHECIMENTO LEVA-NOS AO BEM?
PELAS NOSSAS VIDAS?
- É MELHOR PENSAR SOZINHO OU EM GRUPO?
- VALE A PENA VIVER?
- O QUE É PRECISO PARA SER FELIZ?
- O QUE NOS TORNA MAIS LIVRES?
- SERIA BOM PODERMOS CONTROLAR TOTALMENTE O NOSSO DESTINO?
- SERIA BOM SER ETERNO?
- SER LIVRE É FAZER O QUE QUEREMOS?
- É POSSÍVEL SER TOTALMENTE FELIZ?
- PODEMOS TER A CERTEZA DE QUE EXISTIMOS?
- PODEMOS ENGANAR-NOS QUANTO À NOSSA FELICIDADE?
- O QUE DÁ VALOR À VIDA?
- PODEMOS DIZER TUDO AQUILO EM QUE PENSAMOS?
- A IGNORÂNCIA TRAZ FELICIDADE?
-O CONHECIMENTO TRAZ FELICIDADE?
- A FELICIDADE É O PRINCIPAL FIM DO SER HUMANO?
- A VERDADE CONDUZ À FELICIDADE?
- O QUE É SER FELIZ?
- O QUE É UMA VIDA BOA E COMO A PODEMOS ALCANÇAR?
- O QUE FAZ COM QUE A VIDA VALHA A PENA SER VIVIDA?
- SERIA BOM VIVER ETERNAMENTE?
- SERIA BOM QUE A NOSSA VIDA SE REPETISSE ETERNAMENTE?
- SERIA BOM TERMOS TUDO O QUE QUEREMOS?
- OS ANIMAIS SABEM QUE EXISTEM?
- A VIDA É SIMPLES?
- O PENSAMENTO TEM REGRAS?
- O QUE É ESTAR ENGANADO?
- O QUE É A PERFEIÇÃO?
- HÁ SERES HUMANOS PERFEITOS?
- QUANDO É PERMITIDO MENTIR?
- O QUE É VIVER BEM?
- QUANDO É QUE A VIDA TEM SENTIDO?
- QUANDO É QUE DEVEMOS AJUDAR OS OUTROS?
- O QUE É SER RESPONSÁVEL?
- ESCOLHEMOS O NOSSO FUTURO?
- O QUE É A AMIZADE?
- O QUE É UMA PESSOA?
- EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE PESSOAS?
EU EXISTO?
- EXISTIMOS ANTES DE NASCER?
- EXISTIMOS DEPOIS DE MORRER?
- A MORTE É UMA CERTEZA?
- É POSSÍVEL VIVER SEM REGRAS?
- PODEMOS VIVER SEM LEIS?
- QUEM DEVE GOVERNAR?
- OS OUTROS PODEM MANDAR EM NÓS?
- PODEMOS MANDAR NOS OUTROS?
- HÁ HOMENS INFERIORES?
- QUE REGRAS DEVEMOS SEGUIR?
- QUEM PODE TER LIBERDADE?
- É SEMPRE BOM TER LIBERDADE?
- PARA QUE SERVE A LIBERDADE?
- A MORTE É O FIM?
- DEUS EXISTE?
- DEUS PODE MORRER?
- EXISTE VIDA PARA ALÉM DA MORTE?
- POR QUE É QUE NOS PREOCUPAMOS COM O PASSADO?
- POR QUE É QUE NOS PREOCUPAMOS COM O FUTURO?
- HÁ MENTE SEM IDEIAS?
- QUAL A DIFERENÇA ENTRE A GANÂNCIA E A AMBIÇÃO?
- A GUERRA É ALGO MAU?
-O QUE É A BELEZA?
- A VIDA HUMANA PODE TER UM PREÇO?
- O QUE É A JUSTIÇA?
- SÓ OS SERES HUMANOS FALAM?
- O QUE É A VERGONHA?
- O QUE É A CULPA?
- O QUE NOS FAZ PENSAR?
- O FUTURO PODE INFLUENCIAR O PASSADO?
- QUANDO DEVO PERDOAR?
- O QUE É A AMIZADE?
- O QUE É SER AMIGO?
- QUEM SOU EU?
- O QUE É QUE EM MIM É SÓ MEU?
- EXISTE O NADA?
- HÁ VERDADE NO ERRO?
- PODEMOS CONHECER TUDO O QUE HÁ?
- O TEMPO É REAL?
- A VIDA VALE A PENA?
- PORQUE EXISTE O MAL?
- QUAL A ORIGEM DAS IDEIAS?
- EXISTE O BEM E O MAL?
- SOMOS LIVRES?
- OS HOMENS SÃO MÁQUINAS?
- UM ESCRAVO PODE SER LIVRE?
- O AMOR TRAZ FELICIDADE?
- O HOMEM DESCOBRE-SE OU INVENTA-SE?
- QUAL A ORIGEM DAS IDEIAS?
-O TEMPO EXISTE INDEPENDENTEMENTE DE NÓS?
- AS IDEIAS SÃO REAIS?
- O QUE É O SENTIDO DA VIDA?
- PODEMOS TER A CERTEZA QUE O MUNDO EXISTE?
- PODEMOS TER IDEIAS CONFUSAS?
- DEVO OBEDECER SEMPRE AOS MEUS PAIS?
- SOMOS A MESMA PESSOA DESDE QUE NASCEMOS?
- O QUE É UMA IDEIA?
- PODÍAMOS VIVER SEM IDEIAS?
- PODÍAMOS VIVER SÓ COM AS IDEIAS DOS OUTROS?
- SER LIVRE É FAZER TUDO O QUE QUEREMOS?
- O OUTRO FAVORECE A MINHA LIBERDADE?
- PARA SER LIVRE BASTA SER INDEPENDENTE?

                Passado uma semana, tempo para toda a escola sorver tanta dúvida. Foi solicitado aos estudantes que após andar pela escola, escolhessem uma das questões (não necessariamente a que havia sorteado no inicio da atividade), trouxessem a questão para a sala, colassem no caderno e agora sim, tentassem responder de forma escrita. Em seguida, iniciamos algo novo com as turmas, um debate de ideias e pensamento, algo novo que vai permanecer no grupo.

                Em roda, o aluno lia sua questão, respondia e abria possibilidade para os colegas que discordassem da resposta ter a oportunidade de responder. Foram duas preciosas aulas de ideias e surpresas. Quão sábios são nossos pequenos.

Roda de ideias...

             Passado o calor das ideias chegamos a linguagem do teatro. Em equipes, os estudantes deveriam escolher uma das questões do grupo e representar a resposta. Gratificante foi o resultado.








CONTINUA...