A primeira atividade a
ser realizada será uma atividade de “sondagem”. Pode ser concretizada com todas
as turmas, como forma de investigação, dos espantos, e interrogações de mundo
que pairam pelas cabeças discentes.
Nesta atividade, o pensamento deve ser o ponto
chave, o professor, orientador, deve levar o aluno a refletir sobre a
importância do pensar, do quanto à atividade de “pensar seu próprio
pensamento”, pode ser gratificante num futuro próximo, do quanto pensar pode
fazer com que o indivíduo se sobressaia diante das dificuldades, sendo luz num
mundo de alienação e desinformação.
Comece a atividade pedindo para que
os estudantes desenhem um boneco, mas não é qualquer boneco, este boneco será
representativo do aluno, uma autobiografia, de como o indivíduo se vê,
diante do mundo. Aqui se pode salientar o quanto as pessoas são diferentes
fisicamente, e a importância de ser diferente num mundo de iguais. Essa
diferença que faz com que o ser humano se destaque dos demais.
Após,
oriente os estudantes a fecharem os olhos, na contagem até três, e será de
olhos fechados que o pensamento se concretizará dentro da mente, peça para que ouçam a mente. Após “pensado”, será escrito
nas flechinhas indicativas do boneco criado.
O
primeiro pensamento será escrito no pé. Olhos fechados, e oriente os estudantes
a pensar em algo que eles não querem que aconteça durante este ano. Pode ser na
família, na escola, com os amigos, com eles, dependendo do grau de entendimento
de mundo, podemos citar a sociedade em que eles vivem, ou a sociedade de uma
forma geral. Olhos abertos, guie para que seja escrito rápido, antes que este
pensamento seja levado por outro.
Nas
mãos, seguindo a mesma dinâmica anterior, de olhos fechados, se formará dois
pensamentos, desejos que se quer realizar durante o ano, da mesma forma em
qualquer âmbito social, familiar, individual. Um querer será escrito na mão
direita, um na mão esquerda do boneco.
Por
último, o mais significativo, que é onde o professor terá um norte, onde a
investigação se encerra no pensar do estudante. Ainda de olhos abertos, converse
com os estudantes sobre tudo o que eles costumam ver e ouvir, nas novelas e telejornais,
nos desenhos animados, nas conversas com os adultos, nos jogos de vídeo game, e
peça para que de olhos fechados, eles pensem em algo que eles vivenciaram,
ouviram, presenciaram e que eles não compreendem, que eles tem medo ou
curiosidade, que eles desejam muito saber. A resposta vai depender muito do
quanto o professor instigar o aluno a refletir sua vida e seus porquês. Depois,
será escrito na flechinha da cabeça , que é de onde sai todo o pensar.
Segue, a atividade realizada com alguns estudantes. Notem quais são seus questionamentos.
A ideia central é que a atividade seja realizada com criação de uma figura autobiográfica, porém, se os alunos forem muito pequenos, podemos substituir o boneco por balões do pensamento. O professor desenha três ou quatro balões do pensamento no quadro e segue o restante da dinâmica igual ao do boneco. O resultado é semelhante, veja:
Em qualquer um dos casos, é de extrema importância, iniciar uma exposição de ideias, onde os estudantes podem colocar em público o pensamento, e fazer sua reflexão, muitas vezes reconhecendo o pensamento do outro e engatinhando para uma postura crítica reflexiva.