Falar sobre JUSTIÇA no mundo em que vivemos, é um grande desafio. Nossas mídias sedentas, enchem nossos pequenos com informações desencontradas, onde o justo parece ser injusto e vice versa. Se uma mente adulta se perde diante de tanta informação, pense nas mentes que estão se formando.
Decidi iniciar o novo assunto, com uma contação de história. Escolhi "A MENINA E A FIGUEIRA", que pode ser encontrada também com o título "A MENINA DOS CABELOS DE CAPIM", Optei pela leitura de Ana Maria Machado, e transformei a história no momento da contação.
A menina e Figueira
Era uma vez, um senhor viúvo, que tinha uma filha muito bonita, com os cabelos longos e da cor do ouro. Sua mãe em vida, penteava e cuidava dos seus cabelos como se realmente fossem fios de ouro. Na vizinhança morava uma moça que queria se casar com o pai da menina e, por isso, fazia-lhe tantos agrados, que ela chegou ao pai e lhe disse: - Meu pai, por que você não se casa com a vizinha? Ela é tão boa para mim! Todos os dias quando vou a sua casa, ela me dá pão com mel. - Minha filha, quando ela se casar comigo, lhe dará pão com fel. Mas a menina não acreditava, e tais agrados a moça lhe fez que o pai acabou se casando com ela. Depois do casamento, a madrasta começou a maltratar a menina, castigando-a pela falta mais insignificante. O marido tinha no jardim uma enorme figueira, e a pequena era obrigada a vigiá-la o dia todo, para que os passarinhos - seus amigos - não comessem os figos e quando isto acontecia, a madrasta batia-lhe sem piedade. Aconteceu, um dia, que os pássaros comeram os figos, e tendo viajado o marido, a madrasta enterrou a menina num capinzal que havia no jardim. No dia seguinte, o marido chegou e procurou a filha; a madrasta disse-lhe que havia desaparecido. Mais tarde, o jardineiro foi cortar capim para dar ao cavalo e ao passar a foice no capim, ouviu este canto triste e se pôs a escutar: Jardineiro de meu pai Não me corte os meus cabelos, Minha mãe me penteou, minha madrasta me enterrou, Pelos figos da figueira que o passarinho bicou. Xô passarinho, xô passarinho, da figueira de meu pai. Então o jardineiro foi contar ao patrão o que acabara de ouvir. Este foi ao capinzal, mandou o jardineiro passar a foice no capim, e novamente ouviram o canto. Reconhecendo a voz da filha, mandou o jardineiro cavar a terra e, encontrando a menina ainda com vida, levou-a para casa. Botou a mulher para fora e não quis mais saber dela ficando só com a filha.
Era uma vez, um senhor viúvo, que tinha uma filha muito bonita, com os cabelos longos e da cor do ouro. Sua mãe em vida, penteava e cuidava dos seus cabelos como se realmente fossem fios de ouro. Na vizinhança morava uma moça que queria se casar com o pai da menina e, por isso, fazia-lhe tantos agrados, que ela chegou ao pai e lhe disse: - Meu pai, por que você não se casa com a vizinha? Ela é tão boa para mim! Todos os dias quando vou a sua casa, ela me dá pão com mel. - Minha filha, quando ela se casar comigo, lhe dará pão com fel. Mas a menina não acreditava, e tais agrados a moça lhe fez que o pai acabou se casando com ela. Depois do casamento, a madrasta começou a maltratar a menina, castigando-a pela falta mais insignificante. O marido tinha no jardim uma enorme figueira, e a pequena era obrigada a vigiá-la o dia todo, para que os passarinhos - seus amigos - não comessem os figos e quando isto acontecia, a madrasta batia-lhe sem piedade. Aconteceu, um dia, que os pássaros comeram os figos, e tendo viajado o marido, a madrasta enterrou a menina num capinzal que havia no jardim. No dia seguinte, o marido chegou e procurou a filha; a madrasta disse-lhe que havia desaparecido. Mais tarde, o jardineiro foi cortar capim para dar ao cavalo e ao passar a foice no capim, ouviu este canto triste e se pôs a escutar: Jardineiro de meu pai Não me corte os meus cabelos, Minha mãe me penteou, minha madrasta me enterrou, Pelos figos da figueira que o passarinho bicou. Xô passarinho, xô passarinho, da figueira de meu pai. Então o jardineiro foi contar ao patrão o que acabara de ouvir. Este foi ao capinzal, mandou o jardineiro passar a foice no capim, e novamente ouviram o canto. Reconhecendo a voz da filha, mandou o jardineiro cavar a terra e, encontrando a menina ainda com vida, levou-a para casa. Botou a mulher para fora e não quis mais saber dela ficando só com a filha.
FONTE:http://discontosdefadas.blogspot.com.br/2009/05/menina-e-figueira.html
ILUSTRAÇÃO DOS ESTUDANTES
Após a contação, que devo adiantar foi o maior sucesso, pedi aos estudantes que colassem em seus cadernos o símbolo da Justiça, explanei sobre o símbolo e em seguida, a nossa primeira atividade. Julgar a madrasta com JUSTIÇA.
É extremamente
necessário que se faça um diálogo paciente com todos os estudantes sobre a
resposta da atividade anterior. Muitos estudantes tem uma ideia errônea de
justiça, confundindo a mesma com Vingança. E infelizmente, vivemos uma onda de
“JUSTIÇA PELAS PRÓPRIAS MÃOS”. A falta de punição está causando a sensação de
que alguém tem que fazer alguma coisa. Nossos estudantes “antenados”, percebem
e transmitem este pensamento.
Primeiros e Segundos anos:
Após explicar aos
estudantes o que é ser justo, o que compreende o esperado por um ser justo,
pedir que eles elenquem adjetivos para este ser.
Em seguida, desenhar
uma das mãos no caderno, e em conjunto, escrever nos dedos as características
de um ser humano justo.
Os adjetivos devem
ser escolhidos “pelos alunos”,o professor orienta ao pensar, mas o estudante
deve ter a palavra final de escolha.
RESULTADO:
RESULTADO:
Terceiros e Quartos
anos
Colocar
exposto na sala, várias palavras indicativas de adjetivos humanos, qualidades
comuns a qualquer pessoa, algumas delas não direcionadas ao um ser justo.
Após
explanação do que se espera de uma pessoa justa, pedir para que cada aluno
escolha uma palavra que corresponda a uma qualidade que ele possui.
Quando todos fizeram
suas escolhas, das “suas qualidades”, iniciar uma dinâmica de desapego.
Aproveitando a dinâmica do tradicional amigo secreto, pedir que um de cada vez,
entregue seu adjetivo a um colega que eles acreditem também possuir a mesma
qualidade.
O trabalho se alonga
um pouco, mas é gratificante. Ao final eles se dão conta de que a qualidade,
que outrora, era especial apenas para eles, se encaixa e pertence ao coletivo.
Somos “TODOS” seres dotados de qualidades, algumas acentuadas, outras que ainda
tomarão forma. E é este todo que deve ser respeitado. Se eu sinto, desejo e
quero, se eu tenho sonhos, o outro também os “tem”.
Para
finalizar, orientar para que eles colem os adjetivos no caderno e que escrevam
pelo menos mais 10 adjetivos de um ser humano justo.
Sugestão de palavras:
Quintos e Sextos anos
Após explanação do
que se espera de uma pessoa justa, dividir a turma em equipes, e orientar para
que a atividade seja realizada em 15 minutos.
Cada grupo deverá desenhar
com o auxílio de um dos participantes o perfil de um ser (o estudante pode
deitar sobre o papel e os demais fazerem o contorno), após recortado (tudo deve
ser feito em conjunto), os mesmo devem decidir quais são as qualidades de um
ser justo e escrever o máximo de qualidades dentro do desenho. A atividade se
conclui, quando o desenho estiver colado na parede e os estudantes sentados.
Aqui não há premiação, pois não há
certo ou errado. Apenas o trabalho em equipe e o pensar dos estudantes sobre
este trabalho.
CONCLUSÃO:
Ao final de todas as atividades se espera que o estudante tenha compreensão das qualidades que compreendem um ser justo, mas que principalmente, se encontrem dentro destas qualidades, percebam que eles podem fazer parte da chamada JUSTIÇA, sem permitir que ela se torne VINGANÇA.
Primeiros e segundos anos.
Terceiros anos até o Quinto
EXERCÍCIO 3
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Proposta 1:
Apresentar aos estudantes , a declaração universal dos direitos humanos. Fazer uma leitura em conjunto, tirando dúvidas sobre palavras que o significado não é de conhecimento dos mesmos. Como proposta final para o exercício a criação de uma animação com imagens produzidas pelos estudantes, partindo dos direitos humanos e a sociedade que eles vivem e convivem.
Apresentar aos estudantes , a declaração universal dos direitos humanos. Fazer uma leitura em conjunto, tirando dúvidas sobre palavras que o significado não é de conhecimento dos mesmos. Como proposta final para o exercício a criação de uma animação com imagens produzidas pelos estudantes, partindo dos direitos humanos e a sociedade que eles vivem e convivem.
Para que eles fiquem por dentro da história de como foram criados os "direitos", eles assistiram o filme abaixo.
Em seguida, foi apresentado a Declaração:
Resultado :
Imagem de algumas ilustrações que serão utilizadas na animação
Proposta 2:
Leitura em conjunto dos artigos da Declaração Universal dos direitos humanos. Durante a leitura, os estudantes devem selecionar, aleatoriamente palavras que se encaixam a questão abaixo: "Todas as pessoas tem direito..."
O professor deve deixar os estudantes livres na escolha das palavras. Orientar no significados de palavras desconhecidas, mas não induzir escolhas.
Fazer a leitura dos artigos em conjunto ou individualmente e selecionar palavras para compor os balões de diálogo abaixo.
RESULTADO
As palavras elencadas acima, foram transformadas em tema para histórias em quadrinhos, mas tarde "bem mas tarde" confeccionaremos um Gibi.
Proposta 3 :
Após conhecer, estudar e ilustrar o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz: " Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade" , traremos a tona a palavra FRATERNIDADE como exercício constante e diário em sala de aula e para marcar a ideia, pode-se como sugestão realizar a seguinte dinâmica.
RESULTADO
Dinâmica da FRATERNIDADE
Estudantes de mãos dadas de pé formando um círculo. Em silêncio ouvindo a música que segue no filme. Oriente para que se acalmem e percebam durante a respiração as batidas do coração. Após breve momento de interiorização, todos devem caminhar pela sala, e ao som de palmas procurar alguém para dar um grande abraço. Uma palma, um amigo, duas palmas, dois amigos e assim segue até cinco palmas, que é referência para um grupo de amigos. Espera-se que todos fiquem cheios de carinho fraternal, quando isto acontecer, entregue a metade de um coração, tome cuidado para cortar o coração ao meio com linhas diferentes uns dos outros, tendo como objetivo a caça pela metade do coração. Para finalizar, escrever o nome na metade do coração que está em posse e quando encontrar a outra metade com o colega, fazer a troca. Findando a atividade, já no caderno, ou no local que se costuma fazer o registro das aulas, o professor, entrega um coração inteiro, onde deve ser escrito o nome dos colegas de sala por quem eles nutrem carinho e respeito.
Sugestão de música:
Sugestão de forma coração |
RESULTADO
A admiração pelo colega de classe, raramente acontece de uma hora para outra, é parecido tempo para conquista e respeito do espaço de cada um. Pensando nisto, é que o exercício a seguir foi idealizado. O que é preciso para ser amigo? Quais as qualidades que alguém precisa ter para conquistar outra pessoa a ponto de se tornar amiga?
EXERCÍCIO:
Desenhe uma bela árvore e escreva nela qualidades inerentes a um amigo.
As palavras escritas dentro da árvore, surgiram após conversa em sala sobre valores da amizade, os estudantes elencaram as qualidades, em conjunto, do que é necessário para ser um bom amigo. |
ATIVIDADES EXTRAS
Em sala de aula sempre há aquele estudante que compreende rapidamente e termina as atividades com velocidade luz. Pensando neles, algumas atividades extras foram realizadas, também para respeitar o tempo dos demais estudantes, que necessitam mais de "tempo" para pensar.
1. DOMINÓ E JOGO DA MEMÓRIA
Foi
confeccionado e disponibilizado para os estudantes, jogos da memória e dominós
com tema “PALAVRAS MÁGICAS e DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS”.
O resultado pode ser visto no link abaixo:
2. VIRTUDES
Virtude é uma qualidade moral. Virtudes são todos os hábitos
constantes que levam o homem para o caminho
do bem.
3. “BOAS MANEIRAS” são boas e todos
gostam: PALAVRAS MÁGICAS.