O tema
deverá ter abordagens diferentes, de acordo com o entendimento de cada classe.
Iniciar questionando os estudantes, isto de forma geral, o que eles compreendem
por RESPEITO. Este diálogo, não deve ultrapassar o tempo de quinze minutos,
pois tendem a perder o foco do discurso. Uma sugestão para que seja espontâneo,
e levar um objeto para sala de aula, mas este deverá ser sempre o mesmo, e
sempre que o colega estiver de posse do objeto, é este que tem a palavra.
Pode-se aqui salientar que o respeito já pode ser utilizado em sala, ouvindo o
que os colegas tem a dizer, assim como gostamos de ser ouvidos e tratados com
respeito neste momento.
Após,
num momento para que se possa transformar o pensamento em linguagem, partimos
para o exercício. Sugiro aqui, para os primeiros e segundos anos, um ponto de
interrogação (nosso símbolo para o questionar) dividido em três partes, o
respeito a família, a escola, no mundo, onde eles podem expressar o que pensam
sobre em cada fase na linguagem do desenho ou da escrita. Aqui já se vão mais
15 minutos.
No
terceiro e quarto ano, a atividade será
um quebra cabeças, que deverá ser pintado com as cores primárias, vermelho,
azul e amarelo. As cores primárias, “primeiras” assim como o Respeito , que é o
assunto primeiro e deverá ser base para todos os demais temas. Após pintado e
recortado, após conversa sobre o que eles pensam sobre o respeito, após ser
debatido cada tema proposto no quebra cabeças eles podem montar o jogo nos
cadernos. Apesar de aparentar uma atividade fácil, alguns irão ter dificuldades em montar, aqui pode-se
novamente aproveitar o momento para demonstrar como acontece algumas emoções
diante da ausência de respeito, não PE fácil reconstruir o respeito depois que
se quebra. Mas também não é impossível.
No
quinto e no sexto ano, a parábola do Monge e do escorpião vem de encontro aos
que deseja expor sobre o respeito. Inicia com uma leitura silenciosa, depois o
diálogo que deve ser imprescindível em qualquer atividade aqui realizada,
dependendo da turma, pode-se introduzir a história e o pensamento budista e
logo após o recorte e a colagem da atividade.
Para finalizar,
e aumentar o contato com o estudante, é interessante ouvir o que eles têm a
dizer, quais histórias são reproduzidas, as situações e que possam expressar
livremente suas opiniões.
Em
anexo, as atividades propostas:
PRIMEIROS
E SEGUNDOS:
TERCEIROS E QUARTOS
ANOS:
QUINTO E SEXTO ANO:
TEXTO:
O
Monge e o escorpião
|
Um monge e os seus discípulos iam por uma estrada e, quando
passavam por uma ponte, viram um escorpião a ser arrastado pelas águas. O monge
correu pela margem do rio, meteu-se na água e pegou no bichinho com a
mão.Quando o trazia para fora, o escorpião picou-o e, devido à dor, o monge
deixou-o cair novamente no rio. Regressou à margem, apanhou um ramo de árvore,
adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião
com o ramo e salvou-o.Depois, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles
tinham assistido a tudo e estavam perplexos e penalizados. - Mestre, a picada
deve estar a doer muito! Porque foi salvar aquele bicho ruim e venenoso? Que se
afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão
que o procurava salvar! Não merecia a sua compaixão! O monge ouviu
tranquilamente os comentários e respondeu serenamente: Ele aconforme a sua natureza, e eu de
acordo com a minha.”
Esta parábola nos faz
refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos
relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos
melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e
o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muito amor e respeito ao próximo.
Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do outro.
AUTOR: DESCONHECIDO
DINÂMICA DE GRUPO
“A BORBOLETA”
Uma borboleta sem pintura é entregue para
todos os alunos.Oriente para que pintem com suas cores preferidas, mas que
enquanto realizem a atividade, pensem sobre a atividade que estão realizando,
No inicio todas iguais, brancas, depois todas diferentes, já que cada um ao
realizar a pintura coloca seu gosto pessoal, sua habilidade na mesma.Quando todas estiverem prontas, os estudantes
a colam no quadro, na porta ou num cartaz, mas deve ser colocado todas no mesmo
espaço, com indicação de “RESPEITO ÀS DIFERENÇAS”. Oriente para que eles olhem
o “painel” e comentem sobre a experiência. Não esqueça de registrar,
preciosidades saem das bocas de nossas crianças.
Aqui,
pode-se salientar sobre as semelhanças e diferenças existentes nas pessoas. No
início, a borboleta branca, todos iguais, não importa quem somos, ou onde
vivemos, quais as nossas concepções de vida, “somos iguais” em sentimentos,
desejos, sonhos, somos bem “humanos” neste sentido. A borboleta pintada, uma
alusão as nossas diferenças físicas, étnicas, políticas, de opinião, gostos,as religiosas.
A dinâmica pode ser aplicada em todas as séries do ensino fundamental. O
assunto pode ser o mesmo, mas a abordagem, os exemplos podem ser diferentes.
Aqui a diferença não pode ser medida somente pelo ano frequentado pelo
estudante, mas pelo grau de entendimento de mundo que este apresenta.
modelo de borboleta |
CURTAS UTILIZADOS:
São dois vídeos simples, que com discurso direcionado, pode trazer surpresas pra sala de aula. Utilizei o primeiro vídeo do terceiro ano em diante e o segundo com estudantes do primeiro e segundo ano. Os vídeos são distintos, porém se direcionam para o mesmo discurso, RESPEITO ao diferente, ou melhor, Respeito e não seja indiferente.
O patinho feio, fez brotar lamentos em alguns pequenos, e conseguiram fazer ligações com situações vivenciadas por eles, como e exclusão por parte dos colegas, os risos que machucam quando se trata de um comportamento que não se encaixa com o grupo, dentre outros fatos que foram narrados e discutidos em quatro paredes em sala de aula.
Duas aulas após o filme, ouvi ainda a exclamação: " Não faça isso, você não aprendeu nada com o patinho, não é? Você provoca, eu fico triste, pense sobre isto" .
O primeiro filme, o vírus da gentileza pegou realmente alguns alunos pela emoção, ..."até me sinto mais bondoso"...gesticulando e apontando para o coração, exclama um menino de terceiro ano.
O professor planeja a aula, mas é o aluno que direciona. Basta ouvir o que eles tem a nos dizer e aproveitar as falas para novos questionamentos.
EXERCÍCIOS AVALIATIVOS QUE FORAM UTILIZADOS:
...PRIMEIROS E SEGUNDOS ANOS... |
...TERCEIROS E QUARTOS... |
...QUINTOS E SEXTOS ANOS... |
PARA PENSAR
Ouvir o que o estudantes tem a dizer é essencial. A fala pode vir por cores, desenhos e escrita. A FALA pode ser um pedido de SOCORRO. Alguns falaram, eu ouvi, e conversamos ali mesmo na sala, só eu e "ele", tem coisas que o grande grupo não precisa ouvir, e outras que sim pois pode servir como exemplo, isso se for da vontade do estudante dividir seus pensamentos.
Observe os exercícios realizados nas imagens abaixo. Alguns não conseguiram conceber uma criança deficiente sem o braço, outros castigaram o menino valentão com o estereótipo do mal, colocando chifres, e alguns optaram por pintar o que mais gostaram, no caso, a violência. Conversando com eles em particular, eles justificam a escolha, muitas vezes de olhos baixos , pensando que a professora também usará de violência por suas respostas.
E assim findo mais um projeto, se eles absorverem 5% do que foi dito e feito em sala, ainda estarei no lucro.
A imagem mais pintada, ou seja, mais aceita, foi a da idosa, com um bolo nas mãos e duas crianças ao redor, um estudante disse que poderia ser além da vovó, da nona, da oma, uma professora. Percebo que a confiança aluno professor está estabelecida.